Como se pode gostar da chuva?
É verdade que é perfeita para baralharmo-nos nos lençóis e edredons, com a companhia de uma bebida quente ou de um copo de vinho, um livro, um filme, o que todos já sabemos mas eu agora só queria perder esta vontade de conforto preguiçoso e, daqui a pouco, embrenhar-me na chuva, para dar uso aos maillots, sapatilhas e perneiras.
O meu corpo está claramente em conflito interno de tanto querer preguiçar e ao mesmo tempo exercitar os músculos e dar imagem à música.
Nem as botas de montar de borracha, que comprei para a chuva e nem a minha gabardina de plástico milagrosa dão-me forças para pensar em sair.
Confesso que estou verdadeiramente deliciada com estas botas. Têm o formato elegante de umas botas de montar, são discretas, extremamente flexíveis, confortáveis e perfeitas para fugir às já demasiado óbvias Hunter e uma compra muito, muito em conta. Negócio da China, ainda que fabricadas em terras lusas.
Inicialmente, não conseguia escapar aos leggings e ao típico aspecto ligado ao campo e aos cavalos mas, agora, já as conjugo com vestidos mais formais e/ou requintados, calções e as peças mais improváveis. Perfeitas. Na dúvida, um par de sapatos extra para andar no escritório.
O melhor? São unisexo e aposto que também devem fazer um figurão num homem, com o toque certo.