domingo, 22 de abril de 2012

1. DIY Decoração


Quando chega a Primavera, tenho a mania de fazer grandes arrumações e limpezas.

Não sei o que me dá mas não falha. Inícios/meados de Março e lá estou eu a revirar a casa toda, incluindo aquelas coisas que estão arrumadas há anos e que funcionam tipo bicho papão que ninguém quer tocar.

O pior é que nunca tenho coragem de deitar fora absolutamente seja o que for. Guardo tudo, dos livros e cadernos escolares, aos brinquedos, roupa, tudo! Vantagem: tenho imensas peças de roupa que vou ressuscitar e reciclar para estas próximas temporadas. Já se usaram, vão voltar a usar-se. Fico mesmo contente em ter investido em peças de qualidade. Estão óptimas!

Encontrei também várias bolsas cheias de bijutaria, não usada há anos (nem me recordava dessas peças), que entendi recuperar e transformar alguma.

O problema é que quando temos muita coisa, acabamos por usar sempre as mesmas, se não estiverem à mão de semear ou guardadas de forma inteligente.

Inspirada por uns tantos DIY que encontrei no Pinterest e em blogues, arranjei algumas soluções que até agora têm funcionado. (Não quis fazer este post sem dar uma boa margem de manobra para saber se me daria bem.)

Tudo o que é de prata e ouro (colares, brincos, pulseiras) continua devidamente acomodado em caixas, a maioria dos colares está também guardada em duas caixas, com excepção dos que estão à vista para dar um ar de graça ao espaço. Também não fiz questão de ter à primeira vista o que uso com maior frequência ou quase obcecadamente. Uma dica: Não deixem os colares com fechos desapertados porque senão enleiam-se e estragam-se mais depressa. Pendurem-nos ou guardem-nos em caixas, bem acomodados, sempre fechados.

O resto ficou assim:





Tive a mania de coleccionar areia das praias onde passava (pouco ecológica e já deixei disso). As garrafas com areia já existiam como elemento de decoração no quarto, aproveitei-as e dei-lhes novas funções. As estreitas são de azeite, com areia do Porto Santo. A mais larga é de Whisky com areia da minha praia algarvia preferida. (Lógico que usei areia nacional pois dos países estrangeiros trazia pouca e nem sempre, com receio de implicarem no aeroporto.) Todas as pulseiras estavam guardadas e sem grande uso. Agora, penso duas vezes e recordo-me que existem.




Não estou muito contente com esta solução. A que mais gostei foi a dos puxadores de armários e gavetas, como tem a Emily do Cupcakes and Cashmere. Esta não é tão bonita mas como tenho tanta tralha no quarto, quis evitar mais uma parede invadida. É bastante económica. Cabide de lavandaria com uma fita de tule enrolada e rematada com um cordão com pérolas. Fui inventando e foi o que saiu. Podem usar o tipo de cabides e decoração ao vosso gosto (quis um visualmente pouco invasivo). A maioria dos colares estão numa caixa, pois não gostei do resultado, em termos de cores, com todos eles pendurados. Ficava demasiado "banca de venda".



Este quadro é que me deixou algo desgostosa, não por o resultado não ser decente mas por não ter ficado aquilo que queria e quando ponho uma coisa na cabeça é difícil olhar para outras. A moldura é do IKEA, que andava por aqui guardada e sem uso. Como é bastante simples (demais), pretendia usar uma tela em tecido de cor areia ou um beje muito leve, para quebrar o branco, mas queria fugir à juta (por agarrar muito pó e ser menos elegante). Estampados e cores mais fortes ficam giros mas retiram toda a atenção da bijutaria. Não era o que pretendia, queria ter tudo bem visível. Entrei numa loja perto de casa e disseram-me que só tinham este quadrilé branco. Comprei por impulso, com as ganas de meter as mãos à obra, mas arrependi-me. Como não é o tecido mais económico do mundo e não iria utilizá-lo em mais nada usei-o. Retirei o vidro e o fundo da modura, colei o tecido bem esticado na madeira com cola de tecido e, para ajudar a fixá-lo, coloquei pioneses. Fica até me fartar e criar algo mais elegante.

Tenho ainda alguns colares expostos juntamente com cintos, num busto de tecido preto, mas esta solução não é nada prática, pois necessito de usá-lo com frequência para fotografar peças para venda ou para exposição.

Resultado, tenho variado mais. Muito mais. Vou limpando o pó com cuidado (isso é que me aborrece de morte) para não estragar as peças e escurecerem as de metal. Daqui a uns meses, logo verei se é uma boa solução a longo termo.


*Fotos: Todas minhas.

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