terça-feira, 14 de agosto de 2012

1 - Conjugar

Hoje, em conversa, um amigo confessou-me quase arrancar os cabelos para conseguir um coordenado giro, com pinta, que o faça distinguir-se dos demais, saindo da linha dita normal mas sem recorrer ao circo e cair no ridículo. "Não sei, não faço ideia como e sinto-me um elefante numa loja de porcelana no que respeita à moda."

Depois, custa-me ver ainda, tão cerrados em mentes novas, aqueles preconceitos, que boa parte dos homens tem, em parecerem gays ou aves raras. Preferem ficar no básico, a roçar o "não percebo e nem quero perceber porque sou macho".

Lembrei-me então de fazer um post com dicas curtas, muito simples, de como conjugar, mas cem por cento eficazes e sem espaço para falhas, recorrendo ao exemplo de Nick Wooster. Independentemente da orientação sexual, Wooster é um dos homens com o estilo mais másculo e admirado do mundo da moda. Estas dicas não são novidade mas assim que forem conhecidas/compreendidas tornarão todo o processo mais fácil.

Portanto, conjugar:

1 - A gravata com a camisa, na mesma cor. 

Um ar sóbrio mas ao mesmo tempo irreverente e inconformado.







2 - A gravata com o casaco, na mesma cor.

Tanto a anterior como esta são bastante tradicionais, ainda assim não são as fórmulas mais utilizadas (O mais comum é o contraste entre a gravata e o fato com uma camisa que não choque o conjunto.).










Versão em laço, para os mais arrojados.


3 - Para quebrar as "regras preconcebidas", misturar padrões. Riscas com pintas, no casaco e na gravata, por exemplo. 

O segredo? Para ficar na zona de segurança, usar a mesma cor ou a mesma cor em diferentes tons. 



Para quem faz do risco um jogo, cores do mesmo grupo ou cores opostas.

8 comentários:

Vic disse...

Geralmente, não gosto do estilo dele. Além da roupa não ser do género do que gosto, mesmo o visual da pessoa em si, não me agrada, Alexandra

Unknown disse...

Atitude!

Alexandra disse...

Vic,

Não podemos agradar a todos. Sou fã, sim a palavra certa é "fã", do sentido de estilo de Nick Wooster.

No entanto, não vestiria um homem exactamente assim ou sequer tão de perto. Sequer é o meu ideal de visual para um homem. Nele, é outra conversa. É a cara dele e fica perfeito.

Lá está, não é para todos. É um estilo muito próprio que requer muita atitude ou, melhor dizendo, um certo tipo de atitude e que poucos aguentam. Aliás, é o seu próprio estilo, de mais ninguém. O estilo é quase uma extensão da personalidade e dos gostos pessoais. Logo, não é para decalcar.

O mais importante é a pessoa ter o seu próprio estilo. No entanto, verdade seja dita, muitos não conseguem sair do banal e a ideia aqui é usar algumas premissas para dar um toque diferente ao visual, sem descarrilar por ali fora. Dar algumas ferramentas para começar a brincar. Não é copiar o estilo e as roupas de Wooster.

Depois, cada um usará estas ideias como bem entender. As camisas não precisam de ter inspiração militar, as calças não necessitam de ter um comprimento curto, os blazers pespontos e por aí fora. :)

Alexandra disse...

Outra coisa, peguei no Wooster como um exemplo mas não se trata de um exemplo inocente.

Conforme referi, independentemente da orientação sexual, Wooster é um dos homens do mundo da moda (e não só) com o estilo mais másculo. Isso ninguém lhe tira.

Quis, assim, "responder" àquelas piadas que oiço constantemente sobre homens, moda e que os homens que consideramos bem vestidos têm um ar gay ou são gays. Não há disso aqui nas caixas de comentários mas há nas tertúlias, jantares e conversas entre amigos meus.

Ramalhoni disse...

Este homem tem realmente alguma coisa de muito especial. Ele consegue pegar nas peças mais básicas no wardrobe de um homem comum e dar-lhe um twist mto especial. Não sendo este twist andar com duas gravatas com o Marty velho do Regresso ao Futuro 2 (por exemplo), são pequenos toques, ir buscar coisas que provavelmente os nossos Avós usavam, o meu pelo menos sim. Casacos chamados "falsos 3 botões", as tie bars, as camisas e/ou os casacos e/ou gravatas nos mesmo tecidos ... Coisas que há 40 anos eram perfeitamente exequíveis, porque era tudo feito para nós! Mas que agora estão lentamente a voltar, graças a Deus e a uns senhores empreendedores. Mesmo aqui na nossa terrinha já se pode conseguir tudo isso, eu dou contactos para tudo ;)
Quanto ao bem vestido ser Gay, é um preconceito bacoco que mais dia menos dia vai acabar, pq se há coisa que um dito straight quer é andar bem vestido, principalmente quando vê um Gay mais bem vestido do que ele!
Não o sendo, Gay that is, nem imaginas a quantidade de vezes que apareço com alguma coisa um docadinho diferente, os meus amigos começam logo a brincar, e tal, e nem passada uma hora me estão a pedir, ora deixa lá experimentar, e diz lá onde é que se compra isso.... eheheh....

Alexandra disse...

É isso mesmo. Ele tem algo de especial.

Já nem falei de gravatas nos mesmos tecidos para simplificar. Ainda não vi nas lojas mas com certeza que haverá um punhado de "homens de ouro" que o farão. Quero muito esses contactos, embora desconfie que os vá encontrar no Porto!

De qualquer forma, nunca se sabe quando poderão dar jeito, quer a trabalho, quer noutra situação. :)

Quanto ao preconceito, lá está. Desdenham mas basta aperceberem-se da pinta ou o quão facilmente um homem bem vestido,com pormenores diferentes e com gosto encanta qualquer mulher, mudam logo de opinião.

Baby steps, caro Ramalhoni.

As mulheres portuguesas também precisam de sair da casca, cultivarem-se e gostar mais de si. Menos vergonha (Com menos vergonha não pretendo dizer andarem descascadas.) mas assumirem peças mais ousadas, brincarem com a roupa e assumir de forma vincada o seu próprio estilo (não umas tendências com corta e cola).

É engraçado que nas mulheres ainda noto uma evolução. Chegam aos trinta mais confiantes e a gostar mais de si e isso nota-se não só no que usam mas também em toda a aparência. Nos homens, já nem tanto. Perdem-se um pouco entre a roupa da adolescência/faculdade e a do trabalho. Embora o problema da calvície já seja outra história e preocupação.

Vic disse...

Alexandra, suponho que se terá perdido o comentário que deixei, tentarei dar mais ou menos a mesma ideia agora.
O estilo do Nick não me incomoda, por exemplo, o que ele usa nas 4 últimas fotos, não teria problemas em usar.
Já os camuflados detesto, deixem-nos lá nos quartéis que é o seu lugar. E a gravata da mesmo recido que o fato, também não é a minha praia. Outra coisa nele de que não gosto, e aí já é mais dele do que do que veste, são as tatuagens. Como já ouvi dizer, tatuagem é a mesma coisa que por um autocolante num Ferrari.
De qualquer forma, sou por um estilo, digamos, menos ao sabor das modas. Um dos homens mais bem vestidos do Mundo, o príncipe Carlos de Inglaterra, tal como o seu tio-avô que ainda hoje é um ícone da moda masculina, tem um estilo bem definido e que me agrada muito mais. Não é nem mais nem menos másculo do que o do Nick. É simplesmente diferente, quanto a mim tem muito mais classe, e isso é das coisas que mais aprecio.
Quanto à questão gay/straight não me diz absolutamente nada, uso sempre aquilo que me dá na gana, e na altura em que me formei como homem, a altura em que adquirimos o tal estilo próprio, havia bem mais preconceitos do que agora.

Alexandra disse...

São dois estilos muito diferentes, um naturalmente muito mais clássico, o outro mais arrojado.

Já em relação às tatuagens discordo tanto. Passei do detestar (em miúda) ao adorar. Muitas são verdadeiras obras de arte e, se pudesse, se não tivesse implicações ao nível profissional, cobriria-me delas. Depois, ainda têm a parte sentimental, o facto de contarem histórias, serem armas e provas de superação, homenagens. Adoro as tatuagens dele. São gostos. :)

Quanto à questão gay, é verdade, já tivemos mais preconceitos mas ainda existe. Aliás, o propósito do post foi precisamente: "para quem se sente perdido, aqui ficam umas ideias/regras muito simples e fáceis de aplicar" e "estilo é estilo, independentemente da orientação sexual e aqui têm um exemplo que nada perde em masculinidade". Não a puxei pelo teu comentário, apenas para esclarecer os meus motivos.